Talvez isso tudo não seja nada alem da minha intuição me
dizendo que as coisas são diferentes daquilo que eu tenho mentalmente
estabelecido. Mas é certo que eu penso bem diferente do que o mundo vem
colocando como parâmetro entre certo e errado.
Ou eu posso ter razão e o caminho tem passado por muitas
estradas tortas e sem sentido com bifurcações inesperadas e totalmente sem
sinalização indicativa. Por isso tanta gente perdida, não que isso seja uma
justificativa plausível, afinal, não existe caminho ou modo certo de se fazer
as coisas. Existe sim, o seu modo, o meu modo que leva ou não a um destino
certo.
Acredito sim que existem valores deturpados e que a grande
maioria das pessoas não conseguem enxergar o outro como um igual. Prendem-se
somente às suas necessidades.
Por isso não devemos esquecer que o nosso destino é sim feito
pelos nossos passos. São sim, conseqüências de nossos atos e escolhas (incluindo neste tópico a omissão pois não deixa de ser uma escolha). Podemos
ser influenciados pelo meio, mas nunca podemos atribuir a outrem a culpa de
nossas escolhas, já que estas dependem única e exclusivamente da manifestação
de nossas vontades: aceitando, lutando, insistindo e até mesmo desistindo.
O moralmente aceitável hoje em dia, não quer dizer que é o
caminho certo a se seguir. Os tempos mudaram mas a mente humana ainda mantém-se
presa às suas convicções, ou pelo menos deveria.
Às vezes mais vale desistir do que insistir, sim eu também me
questiono sobre essa possibilidade. Esquecer, ignorar ao invés de ficar dando
murro em ponta de faca. Deixar as dúvidas consumirem os pensamentos.
Mude o que for preciso, mas não aquilo que não tem solução.
Não insista em algo que está fadado ao fracasso. Não olhe pra trás questionando
as atitudes tomadas, elas são conseqüências das escolhas momentâneas, e de tal
forma, cumpriram sua parte no tempo.
Entender as razões daquele que fala é tão difícil quanto
daquele que silencia. Entender e aceitar que as coisas são como são. Não julgar
o que não se entende, não se precipitar. Não sofrer por antecipação. Lidar
apenas com o imediato, sem rodeios e sem dramaticidades.
Não sei se devo quebrar o silêncio de fora ou se devo calar
como quem se silencia...
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