segunda-feira, 31 de maio de 2010

Eu vi você como você é e é por isso que estou aqui...


Venha, não tenha medo. É só o mar. Não, eu não sei nadar. Eu te ajudo, vem. Confia, vem. Estica a perna assim, abre o braço assim. Respira assim. Vem. Mas eu não sei. [...] Eu posso cantar pra você, eu posso te segurar, eu posso ficar aqui até você conseguir. Eu não sei. Tá perto. Vai. Solta da borda. Eu sei, você já foi parar no fundo. Mas agora é diferente. Tá mais raso. E eu tô aqui. Eu vim do outro lado do oceano. Eu vim só por sua causa. Vem, larga da borda. Pode vir. Eu vi você como você é e é por isso que estou aqui. Confia. Não sei. Pode vir. Não tem mais ninguém. A borda é para os peixes pequenos. Solta, isso, relaxa a cabeça no meu peito. Não tem fundo mas eu te ajudo a flutuar. Você pode. Calma. [...] Então eu te ajudo. Vem. Isso. Segura em mim. [...]

[Tati Bernardi]

[IN]certezas



Não sei qual a expressão correta pra usar como definição, quer dizer, neste momento, as idéias, os pensamentos, a inspiração, os sentimentos divagam pelo meu ser. Dentro da minha mente tenho um “zilhão” de experiências por descrever, mas sinceramente não sei o que dizer, tampouco como e por onde começar, alias, acho que muitas vezes nem quero por não conseguir me fazer compreender. Só sei dizer que essa sensação acontece/alterna/começa, repentinamente, como num sopro. Agora, por exemplo, com as mãos pousadas no teclado sem conseguir formar uma palavra sequer me deparo com esse sentimento todo. Minto, não foi agora que eu percebi sua existência, mas agora penso nele. É bem provável que eu pudesse ficar anos a fio sem provocá-lo, apenas nutrindo à distância, velando em silêncio. Apreciando apenas, sentido-se saciado pelas migalhas de algo pseudo-existente que é aguçado com milésimos de segundos e instintos. Mas em alguns instantes eu juro que não compreendo. Como um só fato, uma só pessoa consegue tal proeza. Como isso tudo nos faz se sentir em casa e ao mesmo tento consigo ser tão frágil e ao mesmo tempo tão forte. Porque de repente o ar, a comida, até a música, de repente tudo isso se tornou secundário diante da maestria de tudo aquilo que é tão supérfluo aos olhos alheios. Sim, é isso tudo o que preciso, tudo o que quero, tudo que pode se reduzido a pó quando resumido diante dos anos e das muralhas que construí e que em segundos encontram atalhos inimagináveis. O fato é que por trás da segurança incrédula existe uma vã e transparente verdade que grita e, tão alto, se frustra por não ser escutada. Neste ponto, as palavras arrebatam-me de tal forma que tudo é meio difuso e qualquer tentativa será insuficiente, insignificante. Então não digo nada. Não posso escrever sobre o que não entendo, e o que não entendo é tanto que me resigno ao silencio por não conseguir me fazer entender, o que é ainda mais complicado as minhas prioridades e [IN]certezas mas sorrindo, despercebido como se não inexistem...

sexta-feira, 28 de maio de 2010

o barulho que o silêncio faz...



Hoje, sozinho comigo mesmo, mais do que em qualquer outro momento da vida cotidiana, sozinho com o barulho que só o silêncio pode proporcionar, eu percebi que algumas terapias alternativas podem nos proporcionar um bem que nem sabíamos, e que nem sabíamos a intensidade dele.



E as minhas terapias, são deveras alternativas, diga-se de passagem. Tenho a habitual psicoterapia que segue nos limites do padrão, mas existem as outras como o contato com a terra, que é poder sentir a liberdade da natureza, do vento, do cheiro da terra. Em momentos de crises, internas principalmente, pois desencadeiam as externas, eu preciso descarregar as energias. Preciso refazer o elo que existe entre o ser humano (eu) e o mundo. Conexão entre eles sempre existiu e sempre existirá, porém, quanto mais se distancia um do outro, mais difícil se torna lidar comigo.


Hoje a essa matéria teve uma saída reversa, e acredite, não foi a primeira vez. Sim, talvez a escolha seja minha; Talvez a escolha seja nossa, sempre se pode escolher... Sempre se pode optar; Mas, não podemos esquecer, entretanto, que logo em frente, teremos que enfrentar as conseqüências destas escolhas.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Clique!

Beyoncé - C&A Commercial

Subentendido




Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido

Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer


Eu acho tão bonito isso
De ser abstrato baby
A beleza é mesmo tão fugaz


É uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de acontecer

 
Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então,
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer

 
Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer

O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber...

quarta-feira, 26 de maio de 2010

doces devaneios



- E ela me [calmamente] perguntou: Por que vocês não transam?

- [ãh?] Enquanto eu, boquiaberto, respondia fria e irredutivelmente: porque não, incrédulo, com a constatação de que todo mundo pensar naquilo imediatamente como se fosse evidente e eu, mesmo que pensasse, reprimiria para todo o sempre!

|Aqui, caberia várias ressalvas, mas que [por ora] não farei;|

- Óh Mestre dos Amores Platônicos, você precisa mesmo é de uma dose cavalar de auto estima, isso sim! Respondo pensando em voz alta....

- Não querido, são apenas Doces Devaneios... isso sim, estamos cansados de debater esse seu suposto lance que você repete insistentemente em sua mente...
 
- Tá tá tá... ninguém vai mudar de opinião mesmo...

promessas


"Eu não quero promessas.
Promessas criam expectativas
e expectativas borram maquiagens
e comprimem estômagos"
Tati Bernardi

terça-feira, 25 de maio de 2010


E se não existissem situações hipotéticas?
Há aqui uma pequena contradição... [pequena]

segunda-feira, 24 de maio de 2010

um estilo meio que Dory de ser, apenas por não saber ser diferente...


Tenho a séria mania de gostar de nadar com as pessoas que eu amo, e não de observá-las desbravando oceanos. Sigo junto, sem ter medo e sem pensar nas consequências, mergulho de cabeça, nada raso me permite nadar, como se aquele momento fosse o último e mais importante de todos os momentos do mundo inteiro, o que não é de todo ruim. Me entrego sem pedir o mesmo em troca, alias, na maioria das vezes sem pedir absolutamente nada em troca, entretanto, com os olhinhos de cachorro sem dono, anseio daquele canto escondido do âmago do meu ser, que pelo menos seja retribuído, o que, também na maioria das vezes não acontece, o que que de fato me frustra. Esse é meu estilo. É me entregar nas relações, não posso ser diferente, não tem como: mesmo que esbraveje que tenha vontade de fazê-lo, por não conseguir ser diferente, não perente à minha moral.
(e não pense que isso é piegas, porque não tem a pretensão de convencer ninguém este discurso!)
Alias, este discurso não quer nada, só quer colocar pra fora as frustrações que estão entaladas na minha garganta.
Pois é meu querido, eu não queria, mas você quis não me querer. Sua escolha foi alguma que eu ainda não sei, foi talvez a aparência, a tranquila comodidade de quem não encara que a calma do mar vem do som feito pela força da correnteza. É preciso correr o risco, é preciso apostar, é preciso mergulhar, é preciso amar, é preciso nadar... mesmo com a correnteza/maré/ondas/mundo contra você...

domingo, 23 de maio de 2010

saia justa


Não entendo a minha perplexidade diante das situações diante de algumas situações corriqueiras onde a minha, a sua ou de qualquer pessoa é o tradicional confronto; O que farão aqueles que se submeterem a igual situação, mais por diplomacia ou cautela do que por cordialidade enquanto eu não faço; Mesmo assim fiquei pensando no momento, porque adoro listas, faço as minhas mentalmente para me manter preparado às situações que estão por vir, para não perder o controle. Então, acho que a princípio não considerei a situação em si, mas com todo o contexto acabei com um certo ar pesaroso, talvez até com um certo remorso que foi prontamente absorvido pela amargura daquele ser que classifiquei como intragável. Assim, não me dei ao trabalho de balbuciar um mínimo “Bonjour Monsieur” diante da insignificancia, desta forma repeti mentalmente: "Pardón, petit!". E quanto à saia justa, como convém, ficou inteiramente para a minha pessoa, enquanto todo mundo abstraia, eu levo o tapa, simplesmente porque anteriormente havia dado a cara. Portanto a este tipo de situação: esqueço, deleto, mudo e "Voilà" que a vida segue....

sábado, 22 de maio de 2010

cuidado, não vá se perder por aí...



                CUIDADO, meu amigo,
não vá se estrepar,
              não queira dar um passo mais largo
    do que as [suas] pernas podem dar,                     
                                  não se iluda com um beijo,
[na mesma intensidade de que não deve iludir aos outros]
                              um abraço [ou vários]
ou um olhar,
                   cumplicidade,
                                 confidências, 
                                                resumindo:
não vá se perder por aí...

desejo...

Eu desejo
te esquecer tão fácil
assim como você
se esqueceu
de MIM!

Dilma poderá entrar nos Estados Unidos?




Bom, eu costumo ser apolítico, ou pelo menos me reservo ao direito de não comentar sobre o tema, assim como eu faço com religião e futebol, porque sinceramente acho que não contribui saudávelmente para um diálogo ou conversa de qualquer forma. Mas foco no assunto, gostaria de repassar esta informação que eu recebi por email e fui procurar na internet pra saber se era verídica...
Bom, espero que leia, pensem e repassem a informação da maneira que melhor lhes convir.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Por vezes,
o que escrevo
pode parecer confuso,
mas
por vezes apenas
nesta confusão
eu me compreendo!

quinta-feira, 20 de maio de 2010



"A lágrima não é só de quem chora..."

B-Day


Não é porque ela cantora, atriz, apresentadora, dançarina, produtora cinematográfica e musical, diretora, compositora. Tampouco porque é apelidada de Goddess of Pop ("Deusa do Pop"), ou porque é vencedora de um Óscar, três Globos de Ouro, um Emmy e um Grammy por seu trabalho no cinema, na música e na televisão. Mas sim porque ela é a CHER, e eu gosto de brincar que Cher é Deus, ou que eu queria que ela fosse a minha avó, porque ela tem shows impecáveis, músicas inesquecíveis e sem contar nas percuas fantásticas! (rá!) Mas hoje são 64 velinhas em cima do bolo para serem apagadas e com muita disposição pela frente...


como ninguém avisa?


"[...] Tinha 17 anos, que é basicamente o que ainda tenho, tendo ficado meio paralisado de susto, desde então. Quando não tenho 17, tenho 6. Eventualmente. Sou adulto, coisa que tento evitar, porque ser adulto é mais difícil do que escrever romances. Também não gostei de ser criança, mas os 6 anos me parecem um bom esconderijo. Quase morro na adolescência, por isso permaneço nos 17, sempre que posso. Já que venho achando a vida adulta a pior das partes. Por enquanto. Agora, por exemplo, enquanto escrevo isso que você lê, estou sendo adulto – e estou absolutamente chocado. Vem cá, como ninguém me avisa? Como ninguém avisa para ninguém. Assim, é o que estou fazendo: avisando.
[...]
P.S.: Minhas desculpas sinceras a você."
[Fernanda Young - in Aritmética]

adversidade ou ponto de vista...

O conflito aqui poderia ser traduzido da seguinte forma:
"o que você quer neste momento, no fundo de sua alma, tem a ver com o que sua(s) pessoa(s) querida(s) também querem?"

quarta-feira, 19 de maio de 2010

da promessa à realidade

prometo  me empenhar em colocar mais textos meus; aqueles cheios de letrinhas, todas enfileiradas por mim, dentro da minha cabecinha de vento, fazendo elas sentido ou não.
prometo! prometo me empenhar, foi o que eu disse né?
então é isso que vou fazer: ME EMPENHAR!


[...]


alias, acabei de ter um tipo de "insight", justamente enquanto escrevia estas linhas. essa narrativa chega a ser um pouco engraçada. sim, engraçada no sentido de que eu tenho um texto prontinho ali, salvo na área de trabalho com nome e tudo, mas eu gosto de achar que tenho leitores, que tenho interlocutores e mais, que converso com eles, como se me fosse assíduos, ou se precisassem daquilo que eu escrevo, como se precisassem de mim para algo como uma chave existencial.


[ok, eu tenho consciência de que meu ego é algo impressionante enquanto eu escrevo, talvez por isso me dê tão bem na área de humanas!]


mas retomando: eu já tenho algumas linhas planejadas, mas cá estou eu IMPROVISANDO para um "alguém" que precisa de mim...


Obs. quando eu vou aprender que esse alguém que precisa de mim nada mais é do que o meu alterego gritando pro meu subconsciente: ACORDE, isso tudo é pra você...!?

HuG


"Temos um problema geográfico.
Você quer abraçar o mundo
e eu ficaria contente em abraçar você."
 [Tati Bernardi]

terça-feira, 18 de maio de 2010

Vou te levar comigo... PRA LONGE!



As curvas no caminho, meus olhos tão distantes,
Eu quero te mostrar os lugares que encontrei
Como o céu pode mudar de cor quando encontra o mar

Um sonho no horizonte, uma estrela na manhã
De repente a vida pode ser uma viagem
E o mundo todo vai caber nesta canção

Vou te pegar na sua casa, deixa tudo arrumado
Vou te levar comigo pra longe
Tanta coisa nos espera, me espera na janela
Vou te levar comigo

Eu quero te contar as histórias que ouvi
E nas diferenças vou te encontrar
O amor vai sempre ser amor em qualquer lugar

Vou te pegar na sua casa, deixa tudo arrumado
Vou te levar comigo pra longe
Tanta coisa nos espera, me espera na janela

Vou te levar comigo...

[Biquini Cavadão]

[e ainda dói...]


"[...] e só eu sei o quanto doeu ver a melhor coisa do mundo indo embora."

_|Tati Bernardi|_

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Tudo aquilo...




Combinei comigo um dia e um horário. Terça, onze e cinquenta. Depois que eu resolvesse o lance de [...] LONGE DA MINHA CASA, marcando encontros, sempre em pé e com barulho, com gente que te enche de beijo e de festinha e nem dá tchau na hora de ir embora. [...] Minha psicanalista me mandou aumentar as sessões para três por semana mas eu não tenho tempo ou dinheiro nem para meia. [...] E EU FAÇO DE CONTA QUE SAIU SEM QUERER. [...] Meus horônios me enlouquecem [...] QUERO SUMIR E ODEIO TODO MUNDO. [...] E TERÇA CHEGOU, SÃO ONZE E CINQUENTA DA NOITE. Coloco Radiohead. If I could beeeee, who you wanteeeed. APAGO TODAS AS LUZES. VAI, TATI, SOFRE. VOCÊ PRECISA SOFRER UM POUCO. Vai. Você combinou que se daria pelo menos uns instantes de luto pelo amor que morreu. Vamos lá. Uma lágrima. Um, dois, três e…e…e…ah, eu tenho mais o que fazer!


Tati Bernardi

domingo, 16 de maio de 2010

Leminski:



"- que tudo se foda, disse ela, e se fodeu toda!"

(Paulo Leminski)

sábado, 15 de maio de 2010

acaso;



Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui outra.
Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas não vai só nem nos deixa sós.
Há os que levam muito, mas há os que não levam nada.
Essa é a maior responsavbilidade de nossa vida, e a prova de que duas almas não se encontra ao acaso.
(Antonie de Saint-Exupéry)

sexta-feira, 14 de maio de 2010


Rifa-se um coração / Rifa-se um coração quase novo. / Um coração idealista. / Um coração como poucos. / Um coração à moda antiga. / Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário. / Rifa-se um coração que na realidade está um pouco usado, meio calejado, muito machucado e que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões. / Um pouco inconseqüente mas que nunca desiste de acreditar nas pessoas.
Lispector; Clarice.

Eu tou tentanto [juro!]



Eu tô tentando largar o cigarro
Eu tô tentando remar meu barco
Eu tô tentando armar um barraco
Eu tô tentando
Não cair no buraco...

Eu tô tentando tirar o atraso
Eu tô tentando te dar um abraço
Eu tô penando
Prá driblar o fracasso
Eu tô brigando
Prá enfrentar o cagaço...

Eu tô tentando ser brasileiro
Eu tô tentando
Saber o que é isso
Eu tô tentando ficar com Deus
Eu tô tentando
Que Ele fique comigo...

Eu tô fincando meus pés no chão
Eu tô tentando ganhar um milhão
Eu tô tentando ter mais culhão
Eu tô treinando prá ser campeão...

Eu tô tentando
Ser feliz (Ser Feliz!)
Eu tô tentando
Te fazer feliz...(2x)

Eu tô tentando entrar em forma
Eu tô tentando enganar a morte
Eu tô tentando ser atuante
Eu tô tentando ser boa amante...

Eu tô tentando criar meu filho
Eu tô tentando fazer meu filme
Eu tô chutando prá marcar um gol
Eu tô vivendo de Rock'n Roll...

Eu tô tentando
Ser feliz (Ser Feliz!)
Eu tô tentando
Te fazer feliz...(4x)

quinta-feira, 13 de maio de 2010

o início...


como tudo tem que ter um princípio, achei que seria interessante conceituar o mentor no início da obra, assim, eu, resumidademente, posso me descrever como sendo aquele que escreve cartas, mas que nem sempre as envia, do mesmo jeito que sou aquele que fala coisas que não deveria porque nem todo mundo quer ouví-las, mesmo assim não deixo de escrever, não deixo de falar e tampouco de pensar;


Alias, penso muito mais do que falo [mas muito mesmo], e acredite, no caso concreto, isso pode ser muito bom, pra não dizer a melhor saída…