quinta-feira, 30 de junho de 2011

pontos





Se for parar pra pensar é igual pra todo mundo, e é generalaizado a coisa, ou seja, é difícil e entender, quanto mais aceitar que a gente tenta deixar as coisas (pessoas) para trás, como todo o resto, porque lá no fundo (ou nem tão no fundo assim) a gente não consegue (pelo menos quem tem sentimentos/consciência). É complicado/difícil olhar os fatos de forma imparcial, comprovar dificuldades, sentir preguiça, cansaço, doer, arder e querer correr e, mesmo assim, não conseguir tomar as rédeas de tudo, não conseguir colocar um prazo. É visível que prazo de validade não vence em cinco minutos... Alias, eu nunca fui bom com esse tipo de determinações, mas agora, em se tratando de pontos, sou ótimo em ponto final, o meu grande problema é a vírgula.


Falar sem aspas, Amar sem interrogação, Sonhar sem reticências, Viver sem ponto final.

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terça-feira, 28 de junho de 2011

diálogos aleatórios




- Demorou quanto tempo?
- Na sua vida, meses. Na minha, anos.
- Foi difícil?
- Ainda é.




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segunda-feira, 27 de junho de 2011

insegurança






joguei fora os recados escritos em guardanapos de papel, os bilhetes e todos os cartões coloridos tão cheio de sentimentos e recordações; tirei as nossas fotos dos porta-retrados espalhados pela casa pra não ter mais contato com essa dor constante em contraste com os risos eternizados pela lente. a partir daí me obriguei a pensar em outras coisas pois qualquer lembrança ligada a determinados tipos de situações que durasse mais de 5s poderia ser pertubador pra decisão que eu havia tomado; 
pra contrastar com tudo isso comprei um maço de flores frescas, troquei a água do vaso e coloquei em cima do aparador do corredor; comprei também velas novas pro candelabro, que fica aceso em cima da mesa enquanto eu preparo o jantar
já não uso mais aquele seu all star surrado que me davam a impressão de estar andando os seus passos, no seu ritmo e o mesmo destino teve aquele seu moletom surrado cinza claro com ziper frontal que de tanto eu paquerá-lo, você me deu; hoje ele deve estar aquecendo algum corpo físico que, provavelmente, não sente o abraço que ele me transmitia à alma; 
e eu não sei se é medo ou insegurança, mas ainda é difícil ouvir as pessoas perguntando como você estaria, eu respondo com um leve sorriso que cala um desespero interno que me remete a lembranças infindáveis... cenas, fotos, filmes, momentos, risos, projetos... é isso que eu estou tentando me desvencilhar, talvez o primeiro passo de um longo caminho, talvez uma atitude que não dê em nada no futuro, porém continuo acreditando que é a atitude correta e, independente do resultado que ela vá provocar; mas isso é um discussão complexa e que depende de um monte de variáveis futuras e por isso é melhor que continue na expectativa dos acontecimentos, pelo menos por ora.






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quinta-feira, 23 de junho de 2011

tudo que sou agora



Eu estou atrás da porta, o corpo revirado, amassado, pequeno, todo dobrado. Sou uma carta gigante, chata, cheia de erros, longa demais, muito complicada. "Chega", alguém, com preguiça de ler sobre o amor ou sem coração para se emocionar com uma carta, disse. E eu virei bolinha de papel. Eu sou uma bolha de detergente, cansei de exterminar os restos e limpar as sujeiras e saí para voar um pouco. Só não fui avisada de minha fragilidade e estourei, para sempre nada, nem cheiro, nem cor, nem transparência, nada. Tudo foi lavado, desinfetado, seco e guardado, a vida continuou e a minha pequena vontade de arrumar a casa nem sequer é mais lembrada. [...]  Eu sou uma luzinha minúscula no meio da multidão, uma luzinha que pertence ao show mas não tem o que celebrar. Eu sou um pontinho enorme de tristeza e desespero no meio das pessoas enlouquecidas cantando "I can't live, with or without you". Eu sou uma pequena voz em meio a tantas pessoas que sofrem. Deus, eu sei, eu sei, são tantos e maiores os sofrimentos mas, por favor, não deixe de me dar força, me dar força para que pelo menos, ainda que pequena e com vontade de queimar, eu continue ao menos acendendo o meu fogo e fazendo parte da expectativa. Eu sou um fio de esperança, um fio de alegria, um fio de amor. Eu sou todos os fios que dormiram acalmados pelas suas mãos naquele dia da despedida, se você soubesse que sempre foi só daquele carinho que eu tanto precisava, ele não precisaria ter sido o último. Eu sou aquele homem estranho em frente ao museu em Firenze, eu vou continuar fazendo louva-deuses de folhas e enchendo peitos puros de amor eterno e esperanças, para sempre eu vou ser tão estranho, surpreendente e interessante quanto o amor. Mas eu também sou a sacola barata de roupas sem personalidade que agora guarda tudo o que quase foi, tudo o que poderia ter sido e mais o nosso louva-deus de folhas amareladas, cansadas e quase virando pó, quase virando nada e se espalhando pelo mundo que é enorme demais para parar quando sofremos. Eu sou o nosso louva-deus e estou quase virando nada. Mais do que tudo, sou a garotinha assustada, cinco ou seis anos, ajoelhada no chão do banheiro pedindo que os pais parassem de brigar, assustada com o amor, assustada com a vida, assustada com a porta trancada e a solidão. Essa mesma garotinha mal resolvida que vaga dentro de mim, como um espírito que não aceita evoluir, é a garotinha que quis se curar do medo do amor com um amor tão grande, tão grande, tão grande, que não existe. E ficou sem nenhum.




por Tati Bernardi
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quarta-feira, 22 de junho de 2011

um clássico que combina exatamente com a minha vida:






João amava Teresa que amava Raimundo

que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili

que não amava ninguém.








João foi para o Estados  Unidos, 

Teresa para o convento,

Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,

Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes

que não tinha entrado na história.



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terça-feira, 21 de junho de 2011

dias terrivelmente chatos




Eu não quero ir embora e esperar o dia seguinte. Porque cansei dessa gente que manda ter mais calma. E me diz que sempre tem outro dia. E me diz que eu não posso esperar nada de ninguém. E me diz que eu preciso de uma camisa de força. Se você puder sofrer comigo a loucura que é estar vivo. Se você puder passar a noite em claro comigo de tanta vontade de viver esse dia sem esperar o outro, se você puder esquecer a camisa de força e me enrroscar no seu corpo para que duas forças loucas tragam algum equilibrio. Se você puder ser alguém de quem se espera algo, afinal, é uma grande mentira viver sozinho, permita-se. Eu só queria alguém pra vencer comigo esses dias terrivelmente chatos.




por Tati Bernardi, claro!


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anyway




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segunda-feira, 20 de junho de 2011

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assistir várias vezes pra assimilar...
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domingo, 19 de junho de 2011

procrastinando





A verdade, aquela escondida no ponto mais fechado da alma é que todos nós temos pontos que temos dificuldade pra lidar. É certo que na grande maioria das vezes ficamos protelando essas situações controversas, mas como gosto de ressaltar sempre, uma hora teremos de enfrentá-las porque ignorar não faz com que desapareçam. A palavra apropriada para essa ação é procrastinar. E eu confesso que tenho tido uma grande dificuldade em digerir alguns sentimentos que começaram com uma grande ilusão e que foram tomando forma e vida com a minha imaginação. Tenho consciência que parte da problemática foi causada por essa minha capacidade imaginativa que parece não ter fim, mas felizmente essa culpa eu não carrego sozinho, tive colaboração neste sentido. Essa auto-enganação tem me cansado um pouco. Acredito que estou no caminho para dar um basta nessa situação e ao que tudo indica escrever talvez seja necessário para o processo. Talvez, no percurso ocorra uma substituição por uma conversa franca e demorada, mas escrever pra traçar um parâmetro será de grande valia. Ok, então esse ‘desabafo’ é só um registro desse sentimento que me sufoca e que, por enquanto, é tão incontrolável que eu não sei responder quem é que controla quem, se sou eu que domino o sentimento, ou o mais provável, o sentimento que me controla. Esse conflito interminável faz parte da essência e por isso integra toda estrutura do ser. O ponto chave não está nas respostas óbvias, mas sem em encontrar o equilíbrio entre essa situações e aprender que essa é a saída.


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sábado, 18 de junho de 2011

falta apenas uma descoberta





Que outra mulher te veria além da sua casca? Você não entende que está perdendo o paladar para o que a vida tem de verdadeiro e bom. É tanta comida estragada, plastificada e sem sal, que você está perdendo o paladar para mulheres como eu. E você não sabe como vale a pena gostar de alguém e acordar ao lado dessa pessoa, ouvindo ela respirar quietinha enquanto dorme, linda. E quando você dorme quietinho assim, eu sei que, apesar de eu não abalar sua vida em nada, você precisa de mim. Você não sabe como isso é infinitamente melhor do que acordar com essa ressaca de coisas erradas e vazias. Ou sozinho e desesperado pra que algum amigo reafirme que o seu dia valerá a pena. Ou com alguma garotinha boba que vai namorar sua casca. A casca que você também odeia e usa justamente para testar as pessoas “quem gostar de mim não serve pra mim”. E eu tenho vontade de segurar seu rosto e ordenar que você seja esperto e jamais me perca e seja feliz. E entenda que temos tudo o que duas pessoas precisam para ser feliz. A gente dá muitas risadas juntos. A gente admira o outro desde o dedinho do pé até onde cada um chegou sozinho. A gente acha que o mundo está maluco e sonha com sonos jamais despertados antes do meio-dia. A gente tem certeza de que nenhum perfume do mundo é melhor do que a nuca do outro no final do dia. A gente se reconheceu de longa data quando se viu pela primeira vez na vida. E você me olha com essa carinha banal de “me espera só mais um pouquinho”. Querendo me congelar enquanto você confere pela centésima vez se não tem mesmo nenhuma mulher melhor do que eu. E sempre volta. Volta porque pode até ter uma coxa mais dura. Pode até ter uma conta bancária mais recheada. Pode até ter alguma descolada que te deixe instigado. Mas não tem nenhuma melhor do que eu. Não tem. Porque, quando você está com medo da vida, é na minha mania de rir de tudo que você encontra forças. E, quando você está rindo de tudo, é na minha neurose que encontra um pouco de chão. E, quando precisa se sentir especial e amado, é pra mim que você liga. E, quando está longe de casa gosta de ouvir minha voz pra se sentir perto de você. E, quando pensa em alguém em algum momento de solidão, seja para chorar ou para ter algum pensamento mais safado, é em mim que você pensa. Eu sei de tudo. E eu passei os últimos anos escrevendo sobre como você era especial e como eu te amava e isso e aquilo. Mas chega disso...



por Tati Bernardi


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quinta-feira, 16 de junho de 2011

pantufas novas




Tenho sentido os meus pés gelados e usar meias parece que não adianta, não consigo mantê-los aquecidos. O frio é interno e totalmente psicológico. Acho que preciso de pantufas novas...
A vida seria diferente com um par de pantufas novas, é isso: pantufas novas! Daquelas bem grandes, fofinhas e confortáveis!! Está decidido, vou agora a uma loja de departamentos procurar uma do meu tamanho e, com certeza, o fato de eu calçar 43/44 não será um problema, não mesmo. Pode ser do Garfield, do Pateta, pode ser em formato de patas, com garras, unhas pintadas, multicoloridas, de bichos, personagens, tanto faz... É isso, pantufas novas, foco!
Ok... Então vamos concentrar nos fatos, vamos procurar nos ater ao que está acontecendo agora e deixar um pouco de lado o passado, quietinho onde ele está.  
É isso. Passa, sucede, e você se deixa levar, a onda vem, a maré te carrega.
Não dá pra se orientar?
Bobagem; se deixe levar... os carros passam enquanto a música toca ao fundo pra acalantar.
Então é isso, me dê a mão, vamos trocar energias, o contato aquece, a música acalanta e logo os pés não estarão mais gelados dentro da pantufas novas.
Aquiete-se no seu próprio silêncio para acalmar os pensamentos.
Não dá pra ficar em silêncio sozinho, a mente não deixa, a realidade se aproxima de uma situação atemporal e você já não se vê na história. É um sonho, é isso. Pelo menos eu estou de pantufas agora.
Em minha mente hiperativa ouço uma voz distante; talvez desconhecida, talvez não. Daqui consigo ler linhas na minha mente, tudo escrito em uma caligrafia bonita e rebuscada mas que não é minha. É um pouco confuso mentalmente mas por outro lado, bem nítido. E segue. Eu sigo. Sigo mentindo descaradamente só pelo fato de que tem gente acredita em mim. De longe, de perto, normal ou não: apenas seja razoável com os seus desejos. É isso: pantufas novas!

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quarta-feira, 15 de junho de 2011

tudo é tão normal







De longe na paisagem tudo é tão perfeito
Tudo é tão normal
De perto toda coisa linda mostra algum defeito
E eu me sinto igual
Eu e você descobrimos a pólvora
A diferença nos faz tão bem
Somos os mesmos há milhões de anos
Amantes, errantes, humanos!
Eu guardo as lembranças em fotografias
Tudo é de papel
Se eu já soubesse antes, eu te contaria
Sonhos de aluguel
Eu e você já moramos no mesmo céu
Nossas estrelas combinam...
Fomos os mesmos até hoje de manhã
Seus olhos de mar me fascinam...
E agora me conta o que aconteceu
Que eu ando encostando meus sonhos nos seus...

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terça-feira, 14 de junho de 2011

Mas dá realmente pra ser assim?




Eu sou sim a pessoa que some, que surta, que vai embora, que aparece do nada, que fica porque quer, que odeia a falta de oxigênio das obrigações, que encurta uma conversa besta, que estende um bom drama, que diz o que ninguém espera e salva uma noite, que estraga uma semana só pelo prazer de ser má e tirar as correntes da cobrança do meu peito. Que acha todo mundo meio feio, meio bobo, meio burro, meio perdido, meio sem alma, meio de plástico, meia bomba. E espera impaciente ser salva por uma metade meio interessante que me tire finalmente essa sensação de perna manca quando ando sozinha por aí, maldizendo a tudo e a todos. Eu só queria ser legal, ser boa, ser leve. Mas dá realmente pra ser assim?

por Tati Bernardi

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segunda-feira, 13 de junho de 2011

era bom demais pra ser real


de longe eu vejo, naquele canto esquecido onde ficam guardados os nossos sonhos/desejos mais profundos eu vi; eu acordava e era tudo muito real...


e a gente se pergunta se era tudo que nos faltava... 

mas como a falta é a morte da esperança, a gente segue acreditando... pelo menos, por enquanto eu sigo acreditando, mesmo que tudo isso seja muito pouco ou quase nada... só me pergunto: ATÉ QUANDO?


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Meu plano





Meu plano era deixar você pensar o que quiser
Meu plano era deixar você pensar
Meu plano era deixar você falar o que quiser
Meu plano era deixar você falar
Coisas sem sentido, sem motivo, sem querer
Andei fazendo planos pra você
Engano seu achar que fosse brincadeira
Engano seu
Aconteceu de ser assim dessa maneira
O plano é meu
Mesmo sem sentido ,sem motivo, sem qurer
Andei fazendo planos pra você
Pra você eu faço tudo e um pouco mais
Pra você ficar comigo e ninguém mais
Largo os compromissos
Deixo tudo ao lado
Você tenta em vão me convencer
Que é melhor não fazer planos pra você

Meu plano era deixa você fugir quando quiser
Meu plano era esperar você voltar
Engano meu achar que o plano é passageiro
Engano meu
Acho que o destino antes de nos conhecer
Fez um plano pra juntar eu e você

Pra você eu faço tudo e um pouco mais
Pra você ficar comigo e ninguém mais
Largo os compromissos
Deixo tudo ao largo
Você tenta em vão me convencer
Que é melhor não fazer planos pra você





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domingo, 12 de junho de 2011

acaricie meus sonhos...






Continuo acreditando que a realidade existente não é aquela que eu enxergo; continuo insistindo que tudo vai mudar! Às vezes paro e olho ao redor e realmente eu acho q ando me enganando.

um dia... 
será que a ficha vai cair? e vai dar tempo de resolver? terá sido um tempo perdido?

olho
penso 
sinto...

mas parece que tudo isso de uma forma diferente do restante do mundo;

eu já sei! já ouvi/vivi isso... mas é dificil acreditar em teorias; as minhas mesmo, aquelas q eu mesmo faço, onde pelo menos tem fundamentos práticos, independente de serem irreais, ao menos elas são fundamentadas. Assim, muito mais fáceis de se acredirar! assim, de certa forma, essas teorias, se tornam verdades ...

mesmo não sendo eu, o mesmo que era antes,
mesmo mudando com tudo isso!
querendo ou não,
são escolhas que fazemos;

só precisava descobrir quando eu as fiz,
e se um dia valerá a pena!?

((repetitivo))

mas onde está a consistência disso tudo?
será que existe mesmo?

só segure a minha mão,
e acaricie meus cabelos até 
que de tanto pensar 
eu caia no sono...
depois é só velar por meus sonhos...


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quinta-feira, 9 de junho de 2011

dia frio





Hoje eu queria um abraço 
daqueles que te sufoca de tão apertado 
e ao mesmo tempo 
te protege de tudo.

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por Fabrício CARPINEJAR



Quando o silêncio passa a aparecer na conversa entre amigos 
é sinal de amor.


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quarta-feira, 8 de junho de 2011

diferente






Neste momento está passando tanta coisa na minha cabeça que eu não to conseguindo digitar tudo; Já me perdi nos meus pensamentos e tudo virou uma fuzarca...!
Ok, mas como eu ouvi uma pessoa dizer outro dia: “queria ser outra pessoa nesse momento...” Mas adaptando a frase, queria que os outros me vissem como outra pessoa, ou talvez queria ter outra pessoa... aqui comigo, longe de mim,  ou longe e junto ao mesmo tempo. É possível unir tudo isso numa expressão só? Numa pessoa só?

É, parece difícil, talvez impossível... 

O mundo da voltas ,ele sempre dá...  é o que ele mais faz!

(Sonhar não custa nada e o meu sonho é tão real !)

Tá!
O surto dessa vez foi longo... mas foi necessário, eu acho que to mais leve,
tava precisando falar comigo mesmo...

Acho que estou diferente, meus sentimentos estão meio confusos ainda, confesso...  
Sem esquecer omeio atrapalhados em outras tantas!

Mas tem sempre a parte boa, faz a gente pensar , pensar , pensar ... mais do que a gente pensa normalmente, mas ao mesmo tempo mexe com o nosso eu interior, a gente vê o mundo diferente, sob novos ângulos. Mas será que toda essas visões são reais?

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segunda-feira, 6 de junho de 2011

óh Macabéa!



Quem já não se perguntou: sou um monstro ou isto é ser uma pessoa?

Quero antes afiançar que essa moça não se conhece senão através de ir vivendo à toa. Se tivesse a tolice de se perguntar "quem sou eu?'' cairia estatelada e em cheio no chão. É que "quem sou eu?" provoca necessidade. E como satisfazer a necessidade? Quem se indaga é incompleto.
A pessoa de quem vou falar é tão tola que às vezes sorri para os outros na rua. Ninguém lhe responde ao sorriso porque nem ao menos a olham.
[...]
Será mesmo que a ação ultrapassa a palavra? Mas que ao escrever - que o nome real seja dado às coisas. Cada coisa é uma palavra. E quando não se a tem, inventa-se-a. Esse vosso Deus que nos mandou inventar.


[Trecho do livro de Clarice Lispector "A hora da estrela"]



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O conflito aqui poderia ser traduzido da seguinte forma:




O que você quer neste momento, 
no fundo de sua alma
tem a ver com o que as pessoas a sua volta 
(queridas) 
também querem?





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domingo, 5 de junho de 2011

autoritarismo e liberdade





Você é autoritário com você?
Pense bem, você acredita que sua vida deve ter regras. Porque muitas vezes acredita que “sem regras”, você vai se “largar”. Porem existe uma grande diferença entre o livre e o “largado”.
Se você entrar no “largado” vai ter um resultado ruim na sua vida. Porque toda vez que você se omite com relação a si mesmo terá resultados negativos.
Vamos considerar o termo “se largar” com ser negligente com relação aquilo que você quer, e com aquilo que você pode ter na vida. Nestes casos você estará cometendo o “pior dos erros”, porque ao se “largar”, através deste seu comportamento negligente, você não conseguirá aquilo que você quer e pode ter na vida.
Você se abandona, e “larga” os seus desejos e vontades. TUDO parece distante e impossível.
Muitas vezes a pessoa negligente com ela mesmo acaba entrando em estados de desanimo, de fuga da vida, de tristezas e “vazios”.
Você já percebeu que quando você é extremamente autoritário com você mesmo, se exigindo, você acaba indo para um “outro lado”?
É claro que para não ser negligente você diz que tem que ser firme e autoritário com você mesmo. Porem , o que você não percebe, é que o seu lado “largado”, existe exatamente por causa do seu autoritarismo. O “monstro” do autoritarismo precede a sua “vagabundagem”; a sua falta de compromisso e consideração com você mesmo.
Você é tão autoritário e persecutório com você mesmo, que a única maneira de “escapar”, é se “largar”.
Ninguém quer ter disciplina. Até mesmo porque, o termo disciplina é freqüentemente associado com situações que preferimos evitar como: “disciplina militar”, “disciplina de colégio interno”, etc...
Porem, a disciplina é diferente do autoritarismo. Disciplina não deve ser associada com a obediência que vem do mando e da servidão. Exatamente o contrario disso, disciplina deve ser encarada como a inteligência a serviço de um ganho.
Disciplina tem a ver com energia. Um gasto a favor de uma ação. Tudo que é inteligência na ação, para fazer, para obter. A disciplina envolve a adoção de métodos.
Ter um método é facilitar alguma coisa. E os métodos são mutáveis, porque sempre existem outras formas de se fazer e/ou obter alguma coisa. O método e a disciplina são formas melhores e mais fáceis de fazermos as coisas, de nos aperfeiçoarmos.
O problema é que você não se “vê”. Quando alguma coisa não vai bem na sua vida, quando você não esta conseguindo ter resultados positivos com alguma situação externa, ou com você mesmo. O que você faz? Em primeiro lugar você se condena e se culpa. Alem de se encher de “deverias”. “Eu deveria isso”, “Eu deveria aquilo”. Quer dizer você não se permite olhar para si mesmo, se entendendo.Conhecendo e compreendendo as suas condições. Entendendo o que você pode fazer naquela situação.
Você não “vê” nada, e quer impor. É daí que nascem a mentira, a defesa, a revolta que você tem com relação a você mesmo. Tudo isso nasce da sua rigidez.
Quando você “sai de baixo” da sua própria autoridade, você continua querendo as coisas, mas de uma forma mais leve, sem ter que brigar com você mesmo, sem você “em cima”, se oprimindo.
Imagine a seguinte situação: Você tem uma determinada tarefa para ser feita. Caso esta tarefa seja um “trabalho” você a encara de uma maneira completamente diferente se esta tarefa fosse vista como férias. Muda completamente a sua maneira de reagir e se comportar embora a tarefa seja a mesma. O seu ponto de vista muda.
Se você é um artista como um pintor, aquele é o seu trabalho, e por causa disso existe uma serie de “pressões”, de “tem que”, para você se cobrar. É tanta pressão que um período de férias, não só é desejado como até mesmo necessário. A pessoa precisa se afastar daquilo que causa tamanho stress. Porem, para quem não é um pintor; talvez o sonho de férias e descanso ideais seria poder passar vários dias “só” pintando. Quer dizer, as tarefas são as mesmas, porem a maneira de “ver” é completamente diferente. E, é esta maneira de “ver” que faz toda a diferença.
Conforme você vê , sente.
Você pensa que uma serie de tarefas, de coisas que você tem que fazer são “ruins”. Mas elas não são ruins, isto é apenas “modo de ver”. Quantas pessoas “encaram” estas mesmas tarefas de maneira mais “leve”, sem fazer o “drama”, a “opera” que você faz.
Muita da sua indisciplina da sua vontade de “largar” as coisas, vem exatamente da sua visão. E, é esta “visão”, que faz com que você tenha a “falsa” idéia de que ser autoritário com você, é a única maneira de fazer você “andar”. Ser autoritário não é o que vai te fazer “andar”. O que vai te motivar é “ver” diferente. Ter uma “visão”, adotar um ponto de vista que te “liberte”.
Quando você fica livre, você fica leve, e sua motivação aumenta.
Você não tem “que deveria”, nada. Porem, pode adotar uma disciplina, um método, porque dessa forma, você e o que você planeja terão um resultado muito mais positivo.
Se organizar é a melhor maneira de “funcionar”. Mas sem obrigação.
Nos vivemos e crescemos com autoridade e este não é o melhor modo de você funcionar.
Você só é livre quando não exerce um papel autoritário com você mesmo.
Tudo que existe você pode questionar e olhar de outra maneira.
De um lado a sua vida é “chata”, no outro é “ativa”. Você pode escolher.
De um ponto de vista sua vida “não tem nada” (falta tudo), de outro você tem tudo (e não falta nada).
Do lado do perdedor tudo esta errado, porque você constantemente se ocupa para ver o “ruim” das coisas. Com este comportamento você vive “paranóico” e sofre. O que você não percebe é que esta fazendo tudo para “se causar” desgraças. O perdedor sempre tem o “pior” constantemente presente “na cabeça”. Porem ,você pode inverter esta situação, e começar com uma mudança de atitude, vendo a situações, e a si mesmo, do ponto de vista do ganhador. Não alimentando o pior constante.
Você tem medo de se soltar, acredita que “sem mando” você não vai funcionar. Mas, isto acontece porque somos ensinados a não acreditar em nos mesmos. Concluímos que se nos deixarmos livres vamos nos “perder”.
Acredite que o único comportamento que faz você se “perder” de si mesmo é ser autoritário e exigente. Afinal não é exatamente deste tipo de pessoa que você quer manter distancia?
Por isso seja compreensivo com você mesmo.
Ou será que você não consegue entender que um pouco de compreensão, pode render resultados positivos muito mais rápidos, do que anos de autoritarismo e mando ?

(Escrito pela Drª. Valéria Lemos Palazzo)     


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sábado, 4 de junho de 2011

Talvez o final feliz seja só seguir em frente.

"Ele Não Está Tão Afim De Você..."




Ensinam muitas coisas as garotas:

Se um cara lhe machuca, ele gosta de você.
Nunca tente aparar a própria franja.
E um dia, vai conhecer um cara incrível e ser feliz para sempre.
Todo filme e toda história implora para esperarmos por isso:
A reviravolta no terceiro ato, a declaração de amor inesperada, a exceção à regra. Mas as vezes focamos tanto em achar nosso final feliz que não aprendemos a ler os sinais, a diferenciar entre quem nos quer e quem não nos quer, entre os que vão ficar e os que vão te deixar.
E talvez esse final feliz não inclua um cara incrível.
Talvez seja você sozinha recolhendo os cacos e recomeçando, ficando livre para algo melhor no futuro.
Talvez o final feliz seja só seguir em frente.
Ou talvez o final feliz seja isso:
Saber que mesmo com ligações sem retorno e corações partidos, com todos os erros estúpidos e sinais mal interpretados, com toda a vergonha e todo constrangimento, você nunca perdeu a esperança.

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