segunda-feira, 27 de junho de 2011

insegurança






joguei fora os recados escritos em guardanapos de papel, os bilhetes e todos os cartões coloridos tão cheio de sentimentos e recordações; tirei as nossas fotos dos porta-retrados espalhados pela casa pra não ter mais contato com essa dor constante em contraste com os risos eternizados pela lente. a partir daí me obriguei a pensar em outras coisas pois qualquer lembrança ligada a determinados tipos de situações que durasse mais de 5s poderia ser pertubador pra decisão que eu havia tomado; 
pra contrastar com tudo isso comprei um maço de flores frescas, troquei a água do vaso e coloquei em cima do aparador do corredor; comprei também velas novas pro candelabro, que fica aceso em cima da mesa enquanto eu preparo o jantar
já não uso mais aquele seu all star surrado que me davam a impressão de estar andando os seus passos, no seu ritmo e o mesmo destino teve aquele seu moletom surrado cinza claro com ziper frontal que de tanto eu paquerá-lo, você me deu; hoje ele deve estar aquecendo algum corpo físico que, provavelmente, não sente o abraço que ele me transmitia à alma; 
e eu não sei se é medo ou insegurança, mas ainda é difícil ouvir as pessoas perguntando como você estaria, eu respondo com um leve sorriso que cala um desespero interno que me remete a lembranças infindáveis... cenas, fotos, filmes, momentos, risos, projetos... é isso que eu estou tentando me desvencilhar, talvez o primeiro passo de um longo caminho, talvez uma atitude que não dê em nada no futuro, porém continuo acreditando que é a atitude correta e, independente do resultado que ela vá provocar; mas isso é um discussão complexa e que depende de um monte de variáveis futuras e por isso é melhor que continue na expectativa dos acontecimentos, pelo menos por ora.






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