quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Caio, Caio...





Estou ficando saudável, bonito e corado.
Uma gracinha.
Só me falta agora arrumar um 
GRANDE AMOR
assim mesmo, com maiúsculas!

por Caio F.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Você já quebrou alguma coisa no corpo?






- Olha, geralmente eu quebro a cara.



e o tempo todo!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

penumbra





Resignei mas não sucumbi. Pelo menos não totalmente. Não desisti. Mesmo tendo me entregado em certos momentos. Mas também não lutei, não mais. Mas não por não querer. Jamais, também. Não lutei por não ter forças para erguer a cabeça e seguir em frente. Então resignei diante de tudo. Apenas abaixei os olhos curvei os ombros e desmoronei diante da minha fortaleza que apesar de imensa e forte por fora é oca e frágil por dentro. Fui de joelhos ao chão. Mas ninguém percebeu que a fortaleza era assim. E, desta forma, mesmo frágil ela me cerca e me isola. E eu, trancado nesta casca fina me torno instrasponível. Caiu toda a minha estrutura junto com as lágrimas que se acumulam no pé da muralha protetiva que eu mesmo ajudei a erguer. O desequilíbrio é maior pelo simples fato de eu não conseguir saber como seguir em frente. E me faltam forças, do mesmo modo que me faltam as palavras, o ar, os sentidos. Já não sou mais eu, sou apenas um conjunto de massa inerte que não tem vontade própria. Só os resquícios da minhas dores e de um ser que um dia teve alma, e agora são notados apenas pelo penumbra no fundo da muralha. Meus olhos não conseguem enxerga mais nada, a penumbra impede a identificação, assim só sinto. Um enorme e vasto vazio de tudo. É incômodo, mas espero que passageiro. Não é por mal, mas as minhas escolhas me levaram até aqui, isso quer dizer que não é culpa de ninguém. Ninguém exceto eu. São caminhos que traçamos a todo momento. Assim, do chão espero o tempo para que eu consiga me reerguer. 


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

se perder









Tá tudo bem na verdade.
É só uma questão de se encontrar.
Porque às vezes eu me perco 
e fico me procurando, 
e não me acho.



Caio F.




segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

pesado




e eu sinto uma pressão extrema e neste momento, tudo que eu mais queria era ficar quietinho no meu canto tentando colocar as coisas no seu devido lugar e esperando que tudo volte ao normal.
posso ficar no meio do colchão até isso tudo passar?



diálogos aleatórios







- oi, tudo bem?
- sim, tudo certo.
- como você está?
- como o dia lá fora: nublado.
- vixe!
- ah, se você soubesse...



sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

equilíbrio







Porque, há muito, 
eu erro a receita do equilíbrio. 
Uso a parte que não deveria 
na hora em que não poderia. 
Me confundo com as metades 
que brigam dentro de mim.



Caio Fernando Abreu

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

uma GRANDE lição




Eu acabo de terminar de ler "A Lição Final", que é um livro meio que auto-biográfico de Randy Pausch! 
Sim, eu sei que algumas pessoas vão falar que eu sou maníaco de querer ler 2, 3 ou mais livros ao mesmo tempo, mas sinceramente, nem vou discutir a minha sistemática de leitura, quero, agora, apenas registrar a minha impressão acerca da leitura.
O livro, é contado por Randy, que é um professor de Ciência da Computação na universidade Carnegie Mellon em Pittsburg e a trama se passa quando ele recebe um diagnóstico dizendo que tinha pelo dez tumores na região do fígado e lhe restavam poucos meses de vida.
Nesta época ele tinha três filhos – Dylan, Logan, Chloe (5, 2 e 1 anos respectivamente) e a esposa, Jai.
Nos EUA, as universidades tem o costume de pedir a seus docentes que realizem “palestras de despedida” para discutir assuntos que acreditem ser importantes. 
O grande acaso do destino é que no ano em que professor Randy foi escolhido para fazer a dita palestra, calhou com o diagnóstico de sua doença terminal. E nesse enredo começa o dilema de Randy entre passar seus últimos dias ao máximo com sua esposa e filhos, ou dedicar-se a fazer essa última apresentação.
Essa narrativa que Randy faz sobre a chance que a vida está lhe dando de poder dizer tudo que precisa aos seus entes queridos, que contracena com a morte iminente é o que o próprio título do livro diz: A GRANDE LIÇÃO...
Recomendo a leitura como uma maneira de encarar a vida de uma nova forma fazendo com que possamos dar valor a alguns pontos que normalmente esquecemos...







segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

winGs




A questão não é que eu perdi as minhas asas. Não, não é isso. Tenho a sensação de que elas me foram arrancadas, à força, sem me ser dada a possibilidade de lutar pro elas. Não posso mais voar, mas também, não tenho vontade mais de voar, pelo menos não agora. Não poder voar é difícil, é quase como não poder sonhar. Mas acredito que não querer voar é bem pior do que quando não te deixam sair do chão. Por favor me devolva a vontade de voar, me devolva à possibilidade de alçar voo porque essa sensação de liberdade é impagável. Eu quero a leveza de não ter apoio sob os pés. Quero apenas o direito de ser livre...




quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

OdoYá









(((_Dois de Fevereiro_)))

Composição: Dorival Caymmi
Cantada por Maria Bethânia

Dia dois de fevereiro
Dia de festa no mar
Eu quero ser o primeiro
Pra salvar Yemanjá

Eu mandei um bilhete pra ela
Pedindo para ela me ajudar
Ela então me respondeu
Que eu tivesse paciência de esperar
O presente que eu mandei pra ela
De cravos e rosas vingou

Chegou, chegou, chegou
Afinal que o dia dela chegou... 



Na madrugada, mães e filhas-de-santo, além de devotos e curiosos, vão às praias, entoam cânticos e executam danças rituais. As oferendas são depositadas na praia ou colocadas em barcos ou jangadas para, em procissão, serem entregues à deusa no alto-mar.


Assim, dois de fevereiro é - oficiosamente - feriado na Bahia. É considerada a mais importante das festas dedicadas a Yemanjá;

No Brasil Yemanjá é orixá do mar e considerada mãe de todos os orixás de origem iorubá (os de origem daomeana - Omolu, Oxumaré e às vezes Exu - são tidos como filhos de Nanã). 



No sincretismo religioso brasileiro, é invocada no catolicismo como Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora da Conceição, das Candeias, do Carmo, da Piedade;

Quem vive do mar ou depende de amores é devoto de Iemanjá, protetora dos navegantes e dona das uniões ou dos casamentos. As oferendas mais comuns a Iemanjá são pentes, sabonetes, perfumes, espelhos, laços de fita, pó-de-arroz, flores; enfim, adornos para satisfazer-lhe a vaidade e condizentes com sua fama de mulher fatal, de encantos irresistíveis. Recebe também alimentos rituais e às vezes até animais vivos. Como todas as deusas primitivas, Iemanjá é ciumenta, vingativa e cruel. Protege, defende, mas também castiga e mata. Às vezes, apaixona-se e tem amantes que leva para o fundo do mar.


Odoyá minha mãe, ODOYÁ!






Senhora das nuvens de chumbo
Senhora do mundo dentro de mim
Rainha dos raios, rainha dos raios
Rainha dos raios, tempo bom, tempo ruim
Senhora das chuvas de junho 
Senhora de tudo dentro de mim 
Rainha dos raios, rainha dos raios
Rainha dos raios, tempo bom, tempo ruim 
Eu sou o céu para as tuas tempestades
Um céu partido ao meio no meio da tarde 
Eu sou um céu para as tuas tempestades 
Deusa pagã dos relâmpagos
Das chuvas de todo ano 
Dentro de mim, dentro de mim 

(Maria Bethânia)









quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

essencialmente







Não se concentre tanto nas minhas variações de humor, apenas insista em mim. Se eu calar, me encha de palavras, me faça querer dizer outra e outra vez sobre você, sobre nós, e todo esse amor. Se eu chorar, não me faça muitas perguntas, não precisa nem secar minhas lágrimas. Só me diz que você continuará comigo pra tudo, que tenho teu colo e teu carinho. E ainda que te doa me ver assim, me envolva nos teus braços e diga que eu posso chorar, mas que você não sairá dali enquanto eu não sorrir. Porque é isso que nos importa, não é? O sorriso um do outro.

Caio F. de Abreu