As indefinições da vida são a própria
essência dela. Algumas situações que ansiamos para serem logo resolvidas
geralmente não se definem no tempo em que queremos. Parece o destino falando
assim: olha, não adianta tentar controlar as coisas, eu decido quando tudo deve
acontecer, faça apenas a sua parte e deixe o resto comigo!
Para mim, o grande segredo é confiar que o
que está por vim é o que deve ser no momento.
Isso ocorre pela existência de circunstâncias
e situações de vida diferentes e de outras pessoas envolvidas, com suas
particularidades. É importante pensar que um caminho não se faz apenas por um
querer individual. Existem outros fatores envolvidos, desenrolados sob vários
ângulos e olhares diversos e que fazem parte da vida de cada indivíduo.
Acredito que sim, somos responsáveis pela
materialização dos nossos sonhos e desejos, mas acho também que existe um
limite para tudo isso. Algumas coisas que pensávamos serem importantes
acontecerem no momento, muitas vezes não se concretizam como uma forma de abrir
espaço para o que seria de fato importante.
O engraçado é que isso não é percebido tão
rapidamente. Só depois que outros fatores vêm à tona e, consequentemente, o
aprendizado por trás de cada um, é que vemos o quanto o apego a um desejo
passado estava errado.
Acredito que isso se deve ao apego ao falso
eu, que mascara uma verdadeira percepção consciente daquilo que de fato
acrescentaria para melhor. Ao querer que determinada coisa aconteça, muitas
vezes desejamos isso sem analisar se seria realmente fundamental às nossas
vidas. Muitas vezes, é apenas um desejo momentâneo, por carência, medo ou
influência de outra pessoa. E quando esse desejo mascarado não é realizado,
ficamos tristes, achando que a vida é injusta. Na verdade, lá no fundo, aquele
desejo não era verdadeiramente nosso e poderíamos até o ter pedido de se
concretizar inconscientemente, sem querer.
O importante é sempre desejar e fazer a nossa
parte, focando no que de fato seja importante e nos acrescente. E isso só
acontece se nos conhecermos de fato para acertar bem no alvo. Sem criticas ou
julgamentos sobre os acontecimentos que "atrapalharam" a nossa
jornada em determinado momento. O bom é aceitá-los e, se for o caso, mudar de
foco ou adaptá-los à realidade atual. Com isso, aceita-se a vida como ela tem
que ser.
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