quinta-feira, 20 de outubro de 2011

momentâneo










As indefinições da vida são a própria essência dela. Algumas situações que ansiamos para serem logo resolvidas geralmente não se definem no tempo em que queremos. Parece o destino falando assim: olha, não adianta tentar controlar as coisas, eu decido quando tudo deve acontecer, faça apenas a sua parte e deixe o resto comigo!

Para mim, o grande segredo é confiar que o que está por vim é o que deve ser no momento.

Isso ocorre pela existência de circunstâncias e situações de vida diferentes e de outras pessoas envolvidas, com suas particularidades. É importante pensar que um caminho não se faz apenas por um querer individual. Existem outros fatores envolvidos, desenrolados sob vários ângulos e olhares diversos e que fazem parte da vida de cada indivíduo.

Acredito que sim, somos responsáveis pela materialização dos nossos sonhos e desejos, mas acho também que existe um limite para tudo isso. Algumas coisas que pensávamos serem importantes acontecerem no momento, muitas vezes não se concretizam como uma forma de abrir espaço para o que seria de fato importante.

O engraçado é que isso não é percebido tão rapidamente. Só depois que outros fatores vêm à tona e, consequentemente, o aprendizado por trás de cada um, é que vemos o quanto o apego a um desejo passado estava errado.

Acredito que isso se deve ao apego ao falso eu, que mascara uma verdadeira percepção consciente daquilo que de fato acrescentaria para melhor. Ao querer que determinada coisa aconteça, muitas vezes desejamos isso sem analisar se seria realmente fundamental às nossas vidas. Muitas vezes, é apenas um desejo momentâneo, por carência, medo ou influência de outra pessoa. E quando esse desejo mascarado não é realizado, ficamos tristes, achando que a vida é injusta. Na verdade, lá no fundo, aquele desejo não era verdadeiramente nosso e poderíamos até o ter pedido de se concretizar inconscientemente, sem querer.

O importante é sempre desejar e fazer a nossa parte, focando no que de fato seja importante e nos acrescente. E isso só acontece se nos conhecermos de fato para acertar bem no alvo. Sem criticas ou julgamentos sobre os acontecimentos que "atrapalharam" a nossa jornada em determinado momento. O bom é aceitá-los e, se for o caso, mudar de foco ou adaptá-los à realidade atual. Com isso, aceita-se a vida como ela tem que ser.








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