sexta-feira, 29 de julho de 2011

sonhos: a minha versão e a de Freud







Tem sido até que uma constante eu acordar com breves espasmos dos sonhos ainda frescos na minha cabeça. Outros reaparecem no decorrer do dia, enquanto outros se perdem no esquecimento. São situações inusitadas, pessoas que não estão tão perto, pessoas queridas e uma outra infinidade de situações aleatórias que fogem ao nosso controle.
Que a gente não tem domínio sobre os nossos sonhos creio que não seja uma grande novidade para o mundo, mas essa noite a ordem das coisas se inverteu. Fui agraciado com a possibilidade de sonhar com algo que eu vivo sonhando muito acordado ultimamente.
Para Freud, o sonho é a realização disfarçada de um desejo reprimido, e apresenta dois conteúdos: o manifesto e o latente. Segundo suas teorias, os elementos mais importantes ao processo são os impulsos instintivos reprimidos, impedidos pelo superego de atingirem a consciência.
E eu preciso assumir que em muitos momentos eu partilho (e muito) dessa visão de Freud, inclusive uso a teoria quando preciso explicar o tema para o mundo.
Mas voltando à minha noite, ao meu sonho. Por um breve lapso, consegui acordar no meio da noite e era muito vívida a recordação daquilo que ainda fresco na memória. Foi até inebriante a sensação de veracidade daquele momento. Por um instante eu fui aquilo tudo que quisera ser e era muito  bom o ser. 
E voltei a dormir, tranqüilo e feliz, torcendo para recordar todas as sensações quando despertasse do sono.
E assim aconteceu. Acordei e continuo com esse turbilhão de emoções na cabeça e me questionando do significado disso tudo. Será que eu devo encarar como um fato aleatório, deve pensar como Freud e entender que isso tudo foi só a minha mente transcendendo o meu controle e libertando-se aos acontecimentos ou devo encarar como um “seguir em frente” já que é tudo sonho?
Não sei, eu não tenho essas respostas, mas a seqüência dos fatos só me deixa ainda mais confuso. Se a resposta estiver somente em mim será muito mais fácil, mas na vida nada é tão simples, tudo envolve uma porção de fatores que envolvem, por sua vez, uma porção de pessoas.
Ok ok, sejamos realistas, a resposta sempre está dentro de nós mesmos, mas pra conseguirmos atingi-la, dependemos de um empurrãozinho alheio também, dependemos assim da interferência externa.
A pergunta que fica, de todas as divagações implícitas aqui é a de que quem dará o braço a torcer primeiro?


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É Cazuza, você sempre foi foda... 
Por isso vou citá-lo (novamente) aqui, principalmente na versão de Leoni:

(as vezes te odeio, por quase 1s.)



[...]

Eu tive um sonho ruim e acordei chorando
Por isso eu te liguei

[...]

Teus pêlos, teu gosto, teu rosto, tudo
Que não me deixa em paz

[...]







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