quarta-feira, 17 de novembro de 2010

todos os sentidos




Já sentiu como se você tivesse total controle sobre seus sentidos? E todos eles fossem totalmente apurados de modo que você pudesse ouvir melhor, ver melhor, sentir melhor? Entrar em um transe, onde todas as pessoas são felizes e naquele momento não existe dor, nem fome, nem inveja, nem tristeza e todos os sentimentos ruins do mundo ficassem do lado de fora e que apenas um estilo de música pudesse fazer isso? Você pode imaginar um lugar onde todas as pessoas estão na mesma vibração, onde uma só batida pode fazer com que o mundo seja outro, onde as pessoas se gostam e se divertem como nunca? Sim, parecia simples, calmo, vago talvez. Parecia mais um, parecia mil. Às vezes redundante, às vezes exato. Mas todos sabiam, ou desconfiavam de suas carências, das suas fragilidades. Mas ele tentava disfarçar, mas era impossível tornar invisível ago tão gritante.  E também poderia ser chamado de pervertido, de insensível, mas não era. Ele só era confuso. Só era jovem demais para entender os desejos da vida. Mas nem ao menos entendia o que era viver. Tornava cada dia uma busca. Cada olhar uma frase. Ele era, sim, muito complicado, ou tornava tudo muito denso. Ah, o menino que não sabia para onde ir, não sabia exatamente o que era bom de sentir. Ele buscava, buscava... Às vezes pensava ter achado, mas tudo era muito rápido, muito frágil. Frágil em muitos momentos, mas não por ser fraco, e sim por ser descrente demais, pensativo demais. Dizem que ele ainda esta por aí, observando cada olhar, procurando palavras carinhosas. Dizem que às vezes ele chora ou mesmo sorri.

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