sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Sabe?





Sabe quando você fica horas
Esperando por algo que você sabe
Que não vai acontecer?

Passa noites em claro esperando
E de manhã vem a triste e lógica conclusão
De que não aconteceu.

Triste e lógica decepção.

Sabe quando você fica horas
Chorando pelo que não aconteceu?
Levanta da cama e procura
Por um cheiro ou um som
Talvez até o gosto de uma época
Em que sonhar não fazia mal.
Sabe...Isso é normal...


Sabe...As mãos da saudade
Apertam o peito
E estrangulam a sanidade
De um jeito que eu até
Duvido conseguir suportar.

Eu não sei se suporto
Ou se podia ser pior.
Se cuspir sangue até a morte
Seria melhor que viver agonizando
Pelo tapa de um momento
Que antecedeu meus sofrimentos
E que me fez ponderar.

Vida...

Sabe quando você acorda
Com vontade de dormir?
E não sabe se foi o vinho
Ou é a mais pura vontade de sumir?


Sabe quando você escuta uma música
Que você já dedicou a alguém ou o contrário;
E lembra dos sentimentos de forma tão intensa
Que gera uma raiva, fúria, dor ou algo indescritível
mas quem dera fosse forte o suficiente
Para quebrar o próprio tempo
E te fazer conseguir voltar...

Não...Não sabe...

E essa raiva nem é forte o suficiente
Para te fazer seguir em frente;
Contraditoriamente, 
você esta inerte, 
estagnado;


Meus sorrisos tentam mostrar
(desesperadamente)
que está tudo bem.

O falso brilho de um sorriso é claro;
Porém imperceptível ao mundo
que tem pressa para perceber...
  
Só quer demonstrar que sorrisos não são nada.
 
Nada além de impressão.


Um sorriso assim,
tão impreciso;


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